sábado, 15 de janeiro de 2011

Trichomonas Vaginalis: Parasita de importância forense indicadora de crime sexual


A genética forense tem se mostrado uma forte ferramenta para a identificação de suspeitos de crimes sexuais, principalmente quando há o óbito da vítima, onde serão coletados vestígios deixado pelo mesmo na vítima. Mas quando a vítima sofre apenas o abuso pelo agressor? Quando a vítima por distúrbio nervoso toma algumas atitudes, em que possa eliminar alguns vestígios do criminoso em seu corpo, como um banho?
A microbiologia forense pode complementado essa lacuna, mostrando que se pode enriquecer uma investigação de crimes sexuais com pesquisas de bactérias, fungos e parasitas encontradas os orgãos genitourinário, tanto da vítima, quanto do agressor.
Dentre estes microorganismo a Trichomonas vaginalis pode se tornar um bom bioindicador desse tipo de delito.

O Trichomonas vaginalis é um parasita eucariota flagelado anaérobio facultativo com cerca de 15 micrômetros. Tem 4 flagelos desiguais e uma membrana ondulante que lhe dão mobilidade, e uma protuberância em estilete denominada axóstilo --- uma estrutura rígida, formada por microtúbulos, que se projeta através do seu centro até sua extremidade posterior. Não possui mitocôndrias, mas apresenta grânulos densos (hidrogenossomos) que podem ser vistos à microscopia óptica. Essas estruturas são portadoras da enzima piruvato:ferredoxina oxirredutase, a qual transforma piruvato em acetato por oxidação fermentativa, liberando energia na forma de ATP. O T. vaginalis é o agente causador da tricomoníase. Existe em apenas uma única forma (trofozoíto), que é simultaneamente infecciosa e ativa. Contudo formas arredondadas com flagelos internalizados muito semelhantes a cistos, porém sem apresentar parede cística são comumente encontradas. Estas formas são conhecidas como pseudocistos. Ao contrário do que se imaginavam os pseudocistos não são formas degenerativas, mas sim formas funcionais e metabolicamente ativas. Reproduz-se por pleuromitose fechada com fuso extranuclear. Cresce em pH entre 5,0 e 7,5 a temperaturas variando de 20 a 40 °C. Utiliza a glicose, a maltose e a galactose como fontes de energia. Mantém o glicogênio como forma de armazenamento de energia. Em condições adversas, podem utilizar também os aminoácidos, especialmente a arginina, treonina e leucina, como fontes energéticas.

Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral discretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada ou amarelo esverdeada), podendo, eventualmente ser ausentes em alguns e muito intensas em outros.
É uma das principais causas de vaginite, vulvovaginite e cervicite (infecção do colo do útero) da mulher adulta podendo porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Quando presente, manifesta-se na mulher como um corrimento vaginal amarelo esverdeado ou acinzentado, espumoso e com forte odor característico. Não é incomum também ocorrer irritação na região genital bem como sintomas miccionais que podem simular uma cistite (dor ao urinar e micções frequentes).
Transmissão: Relação sexual (principalmente). A mulher pode ser infectada tanto por parceiros do sexo masculino quanto do sexo feminino (por contato genital). O homem por parceiras do sexo feminino.
É importante considerar aqui que mesmo a pessoa portadora da doença, mas sem sintomas, pode transmitir a infecção.
Fômites.

Diagnóstico laboratorial:

  • Microscopia direta a fresco com a utilização da técnica de coloração de Giemsa.
  • Meio de cultura: Meio de Pavlova modificado.

Fontes de pesquisa:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Trichomonas_vaginalis

- http://www.dst.com.br/pag10.htm